Joao Garrigo/Portal MS
Barbosinha resaltou que a responsabilidade de fornecer água nas aldeias é da união, mas o governo do MS quer colaborar e contribuir.
Para analisar a situação e buscar soluções para a falta d’água pela qual os indígenas de Dourados têm convivido há anos, o Governo do Estado, com a estatal Sanesul, criou um grupo de trabalho.
O vice-governador Barbosinha (PP) e a secretária-adjunta da Secretaria de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (Setescc), Viviane Luiza, se reuniram na sede da Sanesul com o presidente da empresa, Renato Marcílio da Silva, representantes Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) e da subsecretaria de Políticas Públicas para População Indígena para apresentar as demandas e buscar alternativas que possam levar água para as aldeias Jaguapiru e Bororó.
Barbosinha lembrou que mesmo com a responsabilidade de fornecer água nas aldeias sendo da união, o governo de Mato Grosso do Sul quer colaborar e contribuir para que unidos, em uma somatória de esforços, possam dar uma resposta aos indígenas e oferecer uma solução para o problema que persiste há décadas. “Esse é o momento de levantar a necessidade e realidade das quase 5 mil residências existentes nas duas aldeias. É a partir desse diagnóstico que poderemos elaborar um projeto, estabelecer e buscar parcerias para levar água a todas as famílias das aldeias”, defendeu Barbosinha.
Ele destacou ainda que o governo do estado está iniciando os trabalhos pelas aldeias de Dourados, mas que tem intenção de estender os estudos para outras localidades e está preocupado com a situação semelhante vivida pelos indígenas em aldeias de todo o Mato Grosso do Sul.
O grupo de trabalho pretende fazer, em breve, uma visita, na reserva indígena de Dourados para ouvir a população e fazer um diagnóstico da atual situação em que se encontram os quase 20 mil indígenas que residem nas duas aldeias. “Para trazer uma solução a gente precisa ter um diagnóstico e isso a gente faz junto com o grupo de trabalho, junto com os povos indígenas, na reserva indígena de Dourados. O governo do estado está disposto a colaborar até para sanar esse problema que há anos vem atormentando as nossas comunidades indígenas”, alegou a adjunta da Setescc, Viviane.
Sesai e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) também irão compor o corpo técnico do grupo para contribuir com informações que subsidiem os diagnósticos e forneçam dados, já existentes, da situação atual nas aldeias. O coordenador-substituto do DSEI, Elísio Vieira da Silva, reforçou a importância da parceria. “Quando trabalhamos em conjunto, com todas as instituições buscando um mesmo objetivo, temos mais êxito. Estamos tendo um respaldo para o problema. Já saímos com algum encaminhamento nesse grupo de trabalho e esperamos que dê resultados positivos”, enalteceu Elísio.
A Sanesul ficou encarregada de fazer o levantamento da situação real nas aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados. “Faremos este levantamento para definir uma peça técnica de melhorias. A partir daí, definimos as responsabilidades de cada ente que cuida dos indígenas para buscar uma solução que resolva definitivamente esse problema. É uma preocupação do governador Eduardo Riedel e a Sanesul será um agente neste processo. É uma atitude pioneira e de grande sensibilidade”, defendeu o presidente da empresa de saneamento, Renato.
O diretor comercial e de operações, Madson Roberto Pereira Valente, disse que já nesta sexta-feira (10) reunirá uma equipe da Sanesul, da regional de Dourados, para dar início ao cronograma de visitas às aldeias Jaguapiru e Bororó.