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Política Terça-feira, 28 de Julho de 2015, 11:32 - A | A

Terça-feira, 28 de Julho de 2015, 11h:32 - A | A

Futuro

Marçal aguarda filiação oficial no PSDB, mas já busca aliados para 2016

Ex-deputado aposta que DEM, com Zé Teixeira, vai manter aliança estadual também em Dourados

Rogério Vidmantas
De Dourados para o Capital News

Com os dois pés no PSDB, faltando apenas a filiação oficial, o ex-deputado federal Marçal Filho não nega a condição de pré-candidato à prefeito de Dourados, mas diz que essa candidatura não será imposta ao novo partida. Em entrevista à jornalista Gizele Almeida, do Dourados News, Marçal afirma que uma provável candidatura em 2016 acontecerá de forma natural, não importando quem sejam os adversários, mas possíveis composições já estão sendo analisadas.

Gizele Almeida/Dourados News

Marçal aguarda evento em Dourados para ser oficialmente filiado ao PSDB

Marçal aguarda evento em Dourados para ser oficialmente filiado ao PSDB

Afastado da política desde a tentativa sem sucesso de reeleição em 2014, Marçal tem se dedicado exclusivamente ao trabalho na sua emissora de rádio, onde é responsável por um programa matinal diário. A decepção pela derrota o fez anunciar, em seu primeiro programa pós-pleito, que deixaria a vida pública, mas voltou atrás. “Aquela minha radicalização de dizer que não seria mais candidato a nada foi no momento de emoção por ter perdido a eleição, hoje eu não digo mais isso não, não digo ‘desta água não beberei’”.  Segundo ele, o desabafo foi mais pela dificuldade imposta pelo atual sistema eleitoral. 

O ex-deputado não esconde a mágoa com o agora ex-partido, principalmente pela não indicação para concorrer ao cargo hoje ocupado por Murilo Zauith (PSB) em 2012. Marçal afirma que havia um acordo que foi desrespeitado pela cúpula regional do PMDB. “Não é novidade para ninguém, todo mundo lembra do episódio da convenção a prefeito das últimas eleições quando estava combinado com todo mundo que aquele que fosse o mais bem cotado nas pesquisas dentro do partido, seria o candidato a prefeito. Tivemos a convenção do partido e o resultado mostrou que aquilo que havia sido combinado não foi feito. Eu não fui escolhido o candidato e o partido preferiu indicar o vice do atual prefeito, ao invés de lançar candidatura

própria, preferiu indicar candidato a vice e conseguir secretarias. Então, óbvio que não teria o menor sentido eu continuar no partido, diante disso”.

 

Adversários e aliados
Se Marçal ainda fala com cuidado sobre a indicação do PSDB para disputar a prefeitura de Dourados, não mostra temer possíveis adversários, como o presidente regional do PMDB, deputado Geraldo Resende, potencial candidato do partido e principal responsável pela sua ida para o ninho tucano. “Acho que quando você se propõe a se candidatar a alguma coisa, a concorrer algo você não pode escolher adversário. Se o partido vier a escolher o meu nome e achar que é adequado para disputar a eleição, eu vou apresentar as minhas ideias, o meu projeto o que penso para a cidade onde nasci, não importando para mim quem esteja do outro lado”. Para ele, a diversidade de candidatos serve também para legitimar a escolha do eleito.

“Eu espero que tenhamos vários candidatos, as pessoas têm que ter opções”, decreta.  Por outro lado, Marçal avalia que aliados históricos do PSDB, como o DEM, podem somar em uma possível chapa majoritária, não descartando o PSB, partido do atual prefeito. “Fui procurado por várias pessoas, entre essas a Dona Délia [também de saída do PMDB], o Barbosinha [deputado estadual PSB], Zé Teixeira [deputado estadual pelo DEM], e tenho conversado com todos. Hoje existe uma possibilidade maior do Zé Teixeira porque o DEM é o grande aliado do PSDB a nível de Estado e o Zé foi parceiro de primeira hora do Reinaldo, então nós estamos falando uma mesma linguagem. Mas, estamos iniciando as conversações
apenas”. 

A filiação oficial de Marçal Filho ao PSDB, à convite de Reinaldo Azambuja, ainda não tem data para acontecer, apesar do radialista já ter participado de evento do partido em Campo Grande em junho quando sua ficha foi abonada pelo governador. Isso deve acontecer em um encontro na cidade de Dourados que deve ser organizado até setembro, data limite para quem pretende concorrer nas eleições de 2016.

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