Clezer Gomes/Agora News
Vereadora Virgínia Margrini durante registro do BO na Delegacia da Mulher
Uma “brincadeira” entre parlamentares douradenses pode custar muito caro para o vereador Maurício Lemes (PSB). A vereadora Virginia Magrini (PP) registrou boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher acusando o colega de tê-la assediado. Segundo a versão de Magrini, durante a sessão ordinária desta segunda-feira (8) na Câmara Municipal, o colega apalpou suas nádegas enquanto ela entregava uma moção legislativa e teria acontecido mais de uma vez. Maurício teria se desculpado com Virgínia, que decidiu levar o caso adiante.
Ainda durante a sessão, Virgínia comunicou o fato ao presidente da casa, Idenor Machado, mas esse não teria entendido o que teria de fato acontecido já que estava envolvido em outro assunto, e logo após os trabalhos, recorreu ao Conselho de Ética da casa. “Na hora me enganei, pensei que fosse outra pessoa e depois disse que ia fazer a ocorrência e o próprio [Maurício] veio pedir desculpas para mim e afirmou que pensou que eu não iria ficar chateada e que era apenas uma brincadeirinha”.
De acordo com ela, no começo achou que tivesse sido um simples esbarrão, mas como voltou a acontecer, se sentiu incomodada. “O fato aconteceu umas quatro vezes. Eu fiquei indignada, eu não conseguia acreditar que em uma solenidade daquela eu estava passando por um constrangimento daquele tamanho”, afirmou.
Nesta terça-feira (9), Virgínia manteve o propósito de buscar punição ao vereador pelo ato e registrou o caso em um boletim de ocorrência na Delegacia de Atendimento a Mulher. Segundo ela, a atitude foi tomada depois de ouvir familiares, amigos e colegas de partido. “Eu não podia deixar isso para lá e se fazer que não foi comigo, desde ontem [segunda-feira] estou sem dormir e sem comer com tudo isso, não é porque sou uma mulher divorciada é que homens, autoridades ou não, possam se aproveitar de momentos que não podemos nos defender”, desabafou.
O vereador Maurício Lemes tem evitado falar sobre o assunto, que, segundo ele foi apenas uma brincadeira que não teria chegado perto do que está sendo alegado pela vereadora. “Foi uma brincadeira infeliz, eu cutuquei as costas dela apenas, não cheguei nem perto dos glúteos. Logo depois pedi desculpas já que ela não gostou e acompanhei que ela fez a ocorrência de forma tranquila, vou esperar para me defender a apresentar minha versão”, resumiu o acusado.