Divulgação/Fundação MS
Safra estimada para o biênio deve ficar em torno de 8,9 milhões de toneladas, 10% a menos do que o esperado no início do plantio
O dólar em patamar recorde segue elevando os preços da soja no mercado brasileiro, à medida que torna o grão mais atrativo aos importadores. Entre 28 de fevereiro e 6 de março, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ Paraná impulsionou aumento de 3,2% e 4,1%.
Ou seja, a saca de 60 kg foi ficou com o fechamento de a R$ 92,80, na última sexta feira (6). Esses são os maiores patamares nominais desde o início de outubro de 2018.
Também na semana passada, a moeda norte-americana atingiu R$ 4,629, expressiva valorização de 3% se comparada a anterior. Segundo colaboradores do Cepea, apesar das altas, parte dos sojicultores esteve focada na colheita da oleaginosa, preferindo aguardar novas valorizações para negociar maiores volumes.
A cautela dos vendedores está fundamentada também na possível redução da oferta do complexo soja da Argentina no mercado internacional, que pode favorecer as vendas brasileiras. O aumento da taxa sobre as exportações (“retenciones”) de oleaginosa e derivados foi oficializado e entrou em vigor na quinta-feira, 5 – a alíquota passou de 30% para 33%.
Como a Argentina é a principal exportadora mundial de farelo do grão, o aumento no tributo desse país pode levar os consumidores internacionais a adquirir maiores volumes do Brasil e dos Estados Unidos.