Vacinas sempre foram a melhor prevenção contra diversas doenças. Varíola e poliomielite, foram erradicadas. Outras doenças transmissíveis também deixaram de ser problema de saúde pública porque foram eliminadas no Brasil e nas Américas, como o sarampo, rubéola e rubéola congênita. Mas um dado tem preocupado as autoridades sanitárias, particularmente em Dourados. Adesão à vacinação infantil tem caído nos últimos anos.
Se compararmos os anos de 2020, 2021 houve uma redução de 7,2% na busca por imunizantes nos postos de saúde do município. Os dados são um balanço na procura pelas vacinas Pneumocóccica, Pentavalente e Poliomielite, que estão no calendário de vacinação infantil para crianças menores de 1 ano.
Em 2020, a busca pela vacinação aumentou e a taxa de vacinação se manteve acima dos 80%, respectivamente, as vacinas Pneumocóccica, Pentavalente e Poliomielite apresentaram adesão de 87,63%, 83,23% e 82,6%. Já no ano seguinte, a redução de 7,2% na adesão, levou a média da vacinação para 82,04%, 76,49% e 76,59%.
O secretário municipal adjunto de Saúde, Edvan Marcelo Marques, ressalta que a baixa adesão deixa os pequenos mais suscetíveis a doenças. “Essas são algumas das principais vacinas para as crianças menores de 1 ano, com isso podemos ter um panorama da situação vacinal no município. Este é um momento de atenção redobrada à vacinação, para evitar que casos como de paralisia infantil, que deixa sequelas permanentes na criança e pode ser evitada com a vacina da pólio, voltem a ser registrados”, pontuou.
Apenas a vacinação evita novas notificações de doenças consideradas erradicadas no país. Em 2019, o Brasil voltou a registrar casos de sarampo após uma queda na busca por imunização, antes disso, em 2016 o país chegou a comemorar a erradicação da doença em seu território e recebeu um certificado entregue pelo OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde). Com a volta de casos, o país perdeu o certificado.
“Essa falsa sensação de segurança, pela doença ter sido erradicada, pode ser o que provocou a baixa adesão, mas, as doenças continuam circulando e podem voltar a ser registradas no país”, apontou Edvan.