Transmitida por mosquito e quatro vezes mais rápida que a dengue, a febre chikungunya pode ser evitada com a eliminação de focos do mosquito, por isso, a Secretaria Municipal de Saúde de Dourados prepara equipes para agir no combate e tratamento à doença. Nesta segunda-feira (13), o coordenador de Controle de Vetores da Secretaria de Estado de Saúde, Gilmar Cipriano Ribeiro, repassou informações sobre a doença aos técnicos do município.
Segundo a prefeitura de Dourados, agentes de controle de vetores e equipes da atenção básica recebem capacitação sobre a doença, que é novidade no país.
Conforme alertou Ribeiro, a febre chikungunya é transmitida pelo Aedes albopictus e Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue). O primeiro está presente em 32 cidades e o segundo nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, o que coloca todo o Estado em alerta.
No Brasil, os casos já detectados até o momento foram todos transmitidos através do Aedes aegypti. Diante deste cenário, a prevenção contra os vetores será a mesma já praticada no combate a dengue. O diferencial é que agora a orientação à população realizada em visitas domiciliares vai incluir o alerta contra a febre chikungunya, que se espalha mais rápido e tem um período mais longo para a recuperação do paciente.
Esta febre se dissemina de três a quatro vezes mais rápido do que a dengue e a morbidade dela também é maior. O paciente sente dores mais fortes e pode demorar de três meses a dois anos para se recuperar. No entanto, a forma de evitar é a mesma: reduzir a presença de focos do mosquito transmissor.
Quanto ao tratamento, as equipes da Atenção Básica serão capacitadas para saber diferenciar a dengue da febre chikungunya, que tem sintomas parecidos. O trabalho vai começar nas próximas semanas, após o envio de guias sobre a doença pelo Ministério da Saúde.
Segundo Santos, o Lacen (Laboratório Central) em Campo Grande também será preparado para a detecção de casos. Para a unidade são encaminhadas as amostras de sangue que vão diferenciar se trata de um caso positivo de dengue ou de febre.
De acordo com a coordenadora do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Rosana Alexandre da Silva, o último Liraa (Levantamento do Índice Rápido de Aedes aegypt) apontou infestação de 0,3% em Dourados, índice considerado baixo. Ainda assim, ela reforça o alerta aos moradores para manter os cuidados, já que com a chegada do verão a proliferação do mosquito tende a aumentar devido às condições climáticas favoráveis.
“Nós não paramos as palestras, ações educativas e de orientação. As equipes estão nas casas fazendo o trabalho preventivo. A conscientização da população de que tem que manter o cuidado com os quintais é o mais importante nesse momento, não podemos descuidar”, relatou Rosana.
O forte trabalho na prevenção contra doenças é um dos focos da administração do prefeito Murilo, que trabalha na preparação dos profissionais e conscientização da população para evitar as mais diversas doenças.